Dicas de cultivo

  O cultivo de orquídeas hoje se tronou comum entre várias pessoas,e este está se difundindo cada vez mais,visto que hoje temos preços mais acessíveis de plantas, e a popularização das exposições orquidófilas por todos o Brasil,  porém logo de inicio muitos comentem erros gravíssimos quem acabam levando suas plantas a morte, como regar demais suas plantas, deixa-las direto na sombra, ou dentro de casa sem ter contato com nenhuma luminosidade, ou simplesmente pensando ser uma planta como qualquer outra e a plantam na terra, e muitos entendem acabam chegando a conclusão errada de que cultivar orquídeas é muito difícil.

   De certa forma cuidar de orquídeas é fácil, o segredo é seguir algumas regras básicas que devem ser empregadas no cultivo de suas plantas, para se obter sucesso.

   Vou listar 5 fatores que influenciam no crescimento e desenvolvimento das orquídea que permite a qualquer pessoa que nunca teve experiência alguma com orquídeas, que se forem seguidas fará de você mais um orquidófilo.

1. água,
2. luminosidade 
3. temperatura,
4. ventilação e
5. adubação.

  Qualquer alteração de um desses fatores modifica a correlação entre eles e altera um outro fator ou até mais de um, prejudicando assim o cultivo.

Água

  Quase todas as orquídeas têm uma fase de crescimento e uma fase de repouso.A fase inicial de crescimento é a aparição do brotos e raízes, e o desenvolvimento deste broto que forma o pseudobulbo (caule) e folhas. É nesta fase que a planta precisa ser regada e adubada com frequência e quando o crescimento desacelera, a planta entra em repouso vegetativo e sua necessidade de rega diminui bastante, pois já ocorreu a maturação desde pseudobulbo e logo após virá a formação ou não da flor.

   Uma das maiores dificuldades do cultivo para os iniciantes é a frequência da rega. Cada gênero e, às vezes, cada espécie, têm exigências diferentes, e de uma maneira geral, rega-se abundantemente até a água escoar pelos furos do vaso e aguarda-se que o substrato que é o material o qual a orquídeas esta plantada, que pode ser xaxim desfibrado, casca de pinus, fibra de coco, piaçava (a mesma da vassoura),etc. seque.

  Embora esta regra não seja válida para todas, é melhor iniciar com assim,pois reduz muito as chances de cometer um erro e matar a planta, e com a experiência e observação, começa a distinguir quais plantas necessitam de mais umidade. As plantas em flor precisam de menos água e depois da floração, é necessário reduzir mais ainda a rega, até que comece a nova brotação e assim recomeçar o ciclo.

  De um modo geral, a orquídea deverá ser regada somente quando seu substrato estiver completamente seco. Lembre-se que a orquídea gosta de água, mas não gosta de ficar molhada, e uma dicas sobre a rega, “ é mais fácil matar uma orquídeas pelo excesso de água do que pela falta da mesma".

  O vaso de plástico ou cerâmica vitrificada vai secar mais lentamente pois não sendo poroso, não há evaporação. O vaso de argila seca mais rapidamente. Uma maior circulação de ar e/ou uma elevação da temperatura fará com que a evaporação se processe mais rapidamente, provocando uma queda de umidade. Não se deve manter os vasos diretamente sobre pratinhos pois a água acumulada impede a oxigenação das raízes e é imprescindível que uma boa ventilação chegue até as raízes. Pode-se colocar pedra brita no pratinho, com um pouco de água, desde que não atinja a base do vaso. Em dias muito quentes, é aconselhável borrifar água em volta da planta, com cuidado para não molhar a junção das folhas. Cultivá-las no mesmo ambiente das samambaias também pode ser um bom recurso para aumentar a umidade ambiental.

  Plantas recém divididas também precisam de um regime de rega um pouco diferente. Como suas raízes não têm o mesmo poder de absorção, deve-se limitar a borrifar o substrato durante 3 semanas e só quando começarem a surgir as raízes, voltar a regar normalmente.

Luminosidade

  As orquídeas podem vegetar na sombra, meia sombra, luminosidade intensa e pleno sol (raras exceções), isso na natureza, porém, de uma forma geral o indicado é que a incidência luz solar sobre a planta seja de 50 no máximo, conseguida com uso de sombrite de cor preta, ou dentro de casa de maneira que receba luz solar, por exemplo próximo a uma janela também filtrada, pois elas não devem receber luz solar direta, com exceção dos primeiros raios matinais. Já em casa, temos que criar um micro  clima para as mesmas, que chamamos de orquidário, que existem variados tamanhos e modelos de serem feitos, (assunto este para uma outra postagem).

  Veja alguns exemplos de orquídeas de acordo com a luminosidade:

Na sombra, vegetam, entre outras, as micro-orquídeas, Paphiopedilum e Miltônia. 

Na meia sombra: Cattleyas, Coelogyne, algumas espécies de Dendobrium, Laelia em geral (exceto as laelias rupícolas, que vegetam nas rochas e que precisam de luminosidade intensa), algumas espécies de Oncidium e a Sophronitis Coccínea. 

Na luminosidade intensa: Catasetum, Laelia do tipo rupícola, Cattleyas walkeriana e nobilior, Dendobrium do tipo nobile, Vanda. 

Em pleno sol: Vanda teres, Brassavola tuberculata, Renanthera.

Temperatura

  As maioria da orquídeas toleram temperaturas entre 15 ºC e  30ºC, que é um clima temperado, porém as de clima quente, toleram temperaturas mais elevadas, em torno de 35^oC no verão e até picos mais elevados, não se adaptam a temperaturas abaixo de 15^oC: Vandas, Phalaenopsis;

  Existem aquelas de clima frio, máxima em torno de 20^oC (raramente se elevando a 25^oC) e mínima de 0^oC: Cymbidium, Odontoglossum, Paphiopedilum em geral.

Uma curiosidade sobre a espécie dita acima Cymbidium,quando cultivada em regiões mais quentes,e em torno de 10ºC, e que não floresce se não tiver uma variação,

 após a maturação do bulbo, quando logo em seguida virá a floração, é rega-la a noite com água gelada. 

Ventilação

  É um ponto importantíssimo, pois uma boa ventilação retita o excesso de umidade, pois após as chuvas, o vento, na natureza, sopra secando as raízes, por isso nos vasos deve se atentar para o substrato, não deixando-o encharcado por muito tempo. Assim o vaso deve ser bem ventilado evitando que a raiz apodreça, e também dentro das residências, a ventilação é um ponto muito importante. Sem ela não há possibilidade de se cultivar orquídeas.

  Sempre que possível deixar as janelas abertas, o movimento constante do ar é a garantia de saúde das plantas. Os vasos, devem ficar bem arejados e sempre que possível longe um do outro, melhorando assim a ventilação entre eles, e o vento sul, que é bem frio deve ser evitado. 

Adubação

  A adubação de orquídeas, assim de qualquer planta, é de essencial importância, pois assim como nós necessitamos do nosso alimento pra viver, as plantas em geral também precisam.

  Durante a fase de crescimento, antes do amadurecimento do pseudobulbo e na formação do mesmo, pode-se adubar com adubo NPK (N = Nitrogênio, P = Fósforo e K = Potássio) formula 30-10-10 a cada 15 dias. Após o crescimento e amadurecimento do pseudobulbo, pode-se usar um adubo NPK na formulação 10-30-10 na proporção destinado a floração, ambos na medida de 1 colher de chá por litro de água e borrifar nas folhas e raízes da planta, mais o mais aconselhável pra os menos experientes é usar o adubo NPK na formula 20-20-20, conhecido também como adubo de manutenção, o qual faz o papel de ambos citados acima.As plantas devem ser adubadas a tarde, e nunca com sol forte

  O uso destes adubos, apesar de não serem produtos de grandes toxidade química, é aconselhável manter fora do alcance de crianças e animais domésticos.

  Existe ainda o adubo orgânico, o qual se pode comprar pronto ou mesmo faze-lo, em casa.

Eis a receita abaixo:

·         7 partes de torta de mamona

·         1 parte de cinza de fogão a lenha peneirada

·         1 partes de farinha de osso

·         1 parte de esterco de galinha de boa precedência, previamente desinfetado com fungicida

  Misture todos os ingredientes em um recipiente e coloque uma colher de chá a cada 3 meses na traseira da planta sobre o substrato, após a rega das plantas, tomando o cuidado para não deixar encostar nas raízes novas para evitar queimar as mesmas, ou pode-se alternar com o adubo químico. Eu geralmente  uso o adubo químico nos períodos de seca, e nos períodos de chuva uso o adubo orgânico, época a qual dificulta o uso do adubo químico.

  Espero que tenham aproveitado, e que coloquem em prática essas dicas. Boa sorte e até a próxima.