Venda de acessórios para cultivo, dicas de cultivo, informações sobre plantas e exposições locais e regionais
Associações Orquidófilas
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Bifrenaria
Bifrenaria charlesworthii
Espécie pequena que facilmente se confunde com a Bifrenaria racemosa.
Bifrenaria é composto por cerca de vinte espécies[4] divididas em dois grupos principais de plantas, grandes e pequenas, com algumas subdivisões percebidas à partir da morfologia e grandemente confirmadas pela filogenia.
Espécies grandes: um dos grupos corresponde às espécies grandes originalmente classificadas como Bifrenaria. Apresenta pseudobulbos de quatro lados, cuja inflorescência, curta, ereta e bastante carnosa, comporta até dez flores grandes, mas em regra muito menos, carnosas e agrupadas, normalmente perfumadas ou exalando forte odor. O labelo tem três ou quatro lobos e um calo baixo e alongado. São plantas epífitas, ou frequentemente rupícolas. Todas originárias do sudeste do Brasil. Este grupo pode ser dividido em três subgrupos:[10]
• O primeiro subgrupo é formado por plantas de polinário com estipe inteiro e calo protuberante somente na região anterior. São duas espécies, a Bifrenaria calcarata, que apresenta o lobo central do labelo aproximadamente triangular e os laterais retos, e a B. mellicolor, cujos lobos são mais arredondados. São espécies muito parecidas e preferencialmente epífitas.
• O segundo subgrupo também é formado por plantas de polinário com estipe inteiro, mas com o calo inteiramnete protuberante e carnoso. É composto pelas duas espécies que Senghas subordinou ao gênero Cydoniorchis, a Bifrenaria tetragona que apresenta labelo totalmente liso de extremidade arredondada, e a B. wittigii, cujo labelo é parcialmente pubescente com extremidade aguda.
• O terceiro subgrupo é formado pelas quatro espécies de estipe bifurcado: a Bifrenaria atropurpurea, a única a apresentar viscídio cuneado; B. tyrianthina, única que tem viscídio arredondado; B. inodora de flores esverdeadas e calo bilobulado; e B. harrisoniae, espécie muito variável com diversas cores, que sempre apresenta calo trilobulado. As espécies deste grupo são frequentemente ou somente rupícolas.
• A Bifrenaria verboonenii é uma espécie sem posicionamento ainda bem definido, mas certamente entre as grandes.
Espécies pequenas: o outro grupo é composto pelas plantas que pertenciam ao gênero Stenocoryne, ou mais propriamente Adipe, normalmente epífitas. Apresentam pseudobulbos muito menores e não tão claramente tetragonais, com inflorescência longa e delicada portando em média mais flores que as espécies grandes, mas também não ultrapassando dez, porém menores, não carnosas, com labelo inteiro ou levemente trilobado na extremidade. Estas espécies toleram menos luz e mais umidade que aquelas e são menos perfumadas. Pela morfologia claramente distinguem-se quatro subgrupos:[10]
• O primeiro subgrupo é formado pelas duas espécies amazônicas, de rizoma longo: a Bifrenaria venezuelana que apresenta inflorescência curta e calcar muito pequeno, e a Bifrenaria longicornis, de inflorescência longa e calcar bastante visível.
• No segundo subgrupo encontra-se apenas a Bifrenaria aureofulva, facilmente identificável por suas flores com segmentos acuminados e pouco abertos, de cor alaranjada forte.
• O terceiro é composto por duas espécies que apresentam pétalas paralelas à coluna; são plantas de difícil separação pela quantidade de variedades intermediárias: a Bifrenaria charlesworthii, que se abre mais e é mais pubescente; e a Bifrenaria racemosa.
• O último subgrupo é formado por espécies que apresentam pétalas em posição oblíqua à coluna, duas têm seus segmentos pintados: A Bifrenaria clavigera, cujo calcar é formado pela fusão da base das sépalas laterais, e a Bifrenaria silvana onde é formado apenas pela superposição; uma das espécies apresenta flores brancas com labelo venulado de róseo, a Bifrenaria leucorhoda. As duas espécies restantes apresentam flores amareladas muito semelhantes, porém de tamanhos bastante diversos, a menor e geralmente de tons mais pálidos é a Bifrenaria stefanae, a maior e de tons mais vibrantes, a Bifrenaria vitellina.
Outras espécies: as espécies restantes são plantas sobre as quais ainda não há consenso por razões diversas: algumas espécies certos taxonomistas subordinam a Bifrenaria e outros classificam em gêneros diferentes, a saber, Bifrenaria maguirei, subordinada ao gênero Guanchezia, e Bifrenaria grandis, sob o gênero Lacaena. A Bifrenaria steyermarkii também é uma espécie muito diferente das demais, pois apresenta inflorescência muito longa e flores bastante estreitas de modo que não se encaixa em nenhum dos dois grupos principais citados acima.
[editar] Cultivo
Depois de aclimatadas as Bifrenaria são plantas razoavelmente fáceis de cultivar, devem ser plantadas preferencialmente em vasos de barro sobre substrato de fibras vegetais muito bem drenadas, pois suas raízes e pseudobulbos apodrecem com facilidade se mantidos úmidas por muito tempo. Conforme mencionado acima, e em acordo com a origem de cada espécie, três são os ambientes necessários para cultivar estas plantas com sucesso. As espécies grandes necessitam de mais luz que as restantes. As espécies pequenas, do sudeste do Brasil, devem ser cultivadas na mesma temperatura média das grandes, porém submetidas a 10 a 20% menos luminosidade. As espécies da Amazônia precisam de temperatura e umidade maiores e mais constantes que as outras. Todas as espécies devem ser regadas e adubadas com maior frequência durante seu período de crescimento.[8]
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário